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No episódio #022 - Bruna Maria lê Maria Lacerda de Moura

No episódio #022 - Bruna Maria lê os textos "O que é emancipação" e "A solução é individual" do livro "Amai e não vos multipliqueis" de Maria Lacerda de Moura.

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Bruna Maria - Artista visual, mestre em artes visuais pela Udesc.

Participa dos coletivos grupo fora e observatório-móvel. Desenvolve pesquisa em intervenção urbana e jardinagem revolucionária. Atualmente tem-se dedicado às artes gráficas e processos artesanais de impressão, desenvolvendo publicações e outros impressos sob a marca 5rosas que é um estúdio de xilogravura e costuras artesanais.

5rosas estúdios:

https://www.facebook.com/pg/5rosasestudio

Grupo fora:

http://foragrupo.hotglue.me

https://www.facebook.com/grupofora/

Observatório-móvel:

http://observatoriomovel.com

https://www.facebook.com/observatoriomovelbr/

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Maria Lacerda de Moura (Manhuaçu, 16 de maio de 1887 — Rio de Janeiro, 20 de março de 1945) foi uma anarquista brasileira que se notabilizou por seus escritos feministas.

Formou-se na Escola Normal de Barbacena e trabalhou como educadora, adotando a pedagogia de Francisco Ferrer e lecionando em Escolas Modernas. Em 1920, no Rio de Janeiro, fundou a Liga para a Emancipação Intelectual da Mulher, que combateria a favor do sufrágio feminino. Após mudar-se para São Paulo em 1921, se tornou ativa colaboradora da imprensa operária, publicando em jornais como A Plebe e O Combate. Em 1923, desagradou outros anarquistas por se referir positivamente às reformas educacionais promovidas pelos bolcheviques na URSS, mesmo após a perseguição política que os anarquistas russos sofreram durante e após a Revolução Russa de 1917 ter se tornado pública.

Entretanto, também recusou convites para ingressar no recém-formado Partido Comunista Brasileiro. Entre 1928 e 1937, viveu numa comunidade agrícola autogestionária em Guararema, formada principalmente por anarquistas e desertores espanhóis, franceses e italianos da Primeira Guerra Mundial, “livre de escolas, livre de igrejas, livre de dogmas, livre de academias, livre de muletas, livre de prejuízos governamentais, religiosos e sociais”. A repressão política durante o governo de Getúlio Vargas forçou a comunidade a se desfazer, levando-a a fugir para o Rio de Janeiro, onde trabalhou na Rádio Mayrink Veiga lendo horóscopos. Fez parte da maçonaria e da Rosa Cruz, mas se distanciou desta publicamente, após saber que sua sede em Berlim havia sido cedida aos nazistas, e desautorizou seu filho adotivo a reconhecê-la, após este ter se associado aos integralistas. Sua última conferência (O Silêncio) foi realizada no Centro Rosa Cruz, ao qual voltou a se ligar ao final de sua vida.

Obra

Dentre seus vários livros se destacam:

Em torno da Educação Renovação A fraternidade na escola (1922) A mulher hodierna e o seu papel na sociedade (1923) A mulher é uma degenerada? (1924) Lições da Pedagogia (1925) Religião do amor e da beleza (1926) De Amundsen a Del Prete (1928) Civilização, tronco de escravos (1931) Amai-vos e não vos multipliqueis (1932) Serviço militar obrigatório para a mulher? Recuso-me… (1933) Han Ryner e o amor no plural (1933) Clero e Fascismo, horda de embrutecedores (1933) Fascismo – filho dileto da Igreja e do Capital (1933) Português para os cursos comerciais (1940) O Silêncio (1944)

Maria Lacerda de Moura é considerada uma das pioneiras do feminismo em Brasil, e certamente foi uma das poucas que observaram a condição feminina dentro da perspectiva da luta de classes. Anticlerical, escreveu numerosos artigos e livros criticando tenazmente a moral sexual burguesa, denunciando a opressão exercida sobre todas mulheres, e em especial as das camadas mais pobres. Entre os temas eleitos pela escritora, nós encontramos a educação sexual dos jovens, a virgindade, o amor livre, o direito ao prazer sexual, o divórcio, a maternidade consciente e a prostituição, assuntos considerados tabu naquela época. Seus artigos foram publicados na imprensa brasileira, uruguaia, argentina e espanhola. A autora fundou também a revista Renascença, cujo foco foi a formação intelectual e moral das mulheres.

Em seu livro “Religião do amor e da beleza”, Maria Lacerda de Moura defende o amor livre. Para ela, o amor só seria livre quando as mulheres não fossem mais compelidas aos braços dos homens por estarem submetidas a constrangimentos financeiros (seja pelo casamento, pela prostituição ou pela “escravidão do salário“), nem estivesse atada a preconceitos religiosos de qualquer natureza. A autora também procura diferenciar sua concepção de amor livre daquela defendida por pensadores como Émile Armand.


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VER.SAR é um podcast com artistas convidadas a compartilhar leituras de textos sobre práticas artísticas, maternidades e feminismos.

Este Podcast é uma plataforma de comunicação colaborativa que reúne mulheres artistas e seus referenciais textuais, a partir do exercício da leitura e busca criar um arquivo de consulta e compartilhamento gratuito de conteúdo relacionado às questões estruturais e conceituais implicadas em ser mulher na contemporaneidade. As artistas convidadas são mulheres que investigam e discutem os conflitos políticos da vida doméstica e pública produzindo pensamento crítico em nosso contexto e propondo mudanças significativas no mundo da arte.

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